Exceto pelas vezes em que desliguei as luzes de casa, fechei as janelas, adornei-me em fantasias e imaginações, eu nunca soube antes o que não era ser só. Mas sou completamente, e só, e plena, mas realizada. Eu entro aqui no meu quarto, nessa luz, nesse etéreo, e quem vê, vê loucura, vê incoerência ou má função de personalidade. Eu vejo eu mesma, da forma como sou, ainda percebendo em tudo o que falta, aquilo que deveria ainda ser. Muitas coisas hão de vir. E é tudo muito simples quando eu chego da escola, deixo meus materiais na mochila, sento no meu canto da imaginação e divago o possível impossível da minha cabeça. Sou uma feiticeira, uma elfa, uma maga, uma bruxa com poderes extraordinários e que me salvam dessa loucura toda. Certa vez me deitei no travesseiro, no chão, olhei para o lado, debaixo da cama, encontrei uma floresta vasta, imensa, desmedida, detalhada, repleta. Música de flauta, tambores e cordas vinham até minha cabeça. Era um r