Constantemente feminina
Ela sobe, ela desce
Ela fala Estremece.
Solta os seus pedaços de mulher menina
Em todas as tristes esquinas.
A vida me adotou subitamente
E contemplo sempre uma tristeza bela:
Os armários envelhecem.
As flores murcham.
As vidraças encardem.
Mas tudo o que é onomatopéia
No futuro lembrará ela.
Sua presença ilude
E já no presente obscuro
A saudade sem sentido
Cria seqüelas.