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Feliz Meu Aniversário!

Hoje é meu aniversário de 26 anos! Por isso vou dizer a mim mesmo algumas palavras, para que eu não esqueça.

Todos nós cometemos falhas, mas não é a maioria que tem a cara e coragem de assumir a isso. Ao mesmo tempo, todos tem medo de ouvir um pedido de perdão, porque querem um motivo orgulhoso para justificar a sua raiva. Esqueça isso, ok? A vida continua, o mundo é muito grande e você está vendo que é cheio de pessoas boas, que pensam diferente sim, que gostam de coisas diferentes, mas que são boas, porque é isso o que realmente importa.

Não adianta arrumar mil e uma explicações para justificar meus desagrados em relação à vida, no fim, não passa de uma opinião pessoal. O que deve prevalecer sempre é o respeito e amor ao próximo.

Acredite em si mesmo, goste de si mesmo, não deixe que ninguém jamais diga que você é menos do que você sabe que é. As pessoas ao seu redor são a prova de que você é tem um coração bom. Quem não compreende gentileza, honestidade, lealdade e coragem de assumir as fraquezas jamais vai compreender o que você é, e por essa razão, lhe virará as costas com medo do que você tem a dizer, seja em sua defesa, seja em defesa do outro. 

Poucas pessoas foram capazes de lhe dizer palavras como estas, e na falta delas, porque não dizer de si para si mesmo?

Feliz aniversário e nunca deixe de compartilhar o que você tem compartilhado desde sempre.

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Bucolismo

Com tua carroça cheia dos restos da cidade O catador para diante da margem do rio É um rio largo, escuro, mal cheiroso Ele observa o reflexo nas águas, suspira e vai embora: - Esse rio é tipo um abismo. Todo dia passa ali, com tua carroça colorida de catador. A engenharia é uma piada tecnicista Tem uma TV quebrada Num celular, uma antena de carro, só por ironia Um CD de um grupo de Axé que já acabou - o resto de uma alegria do passado - Uma boneca vestida com roupa de mecânico Restos de móveis Restos de roupas Restos de memórias fragmentadas. Ele mira o reflexo nas águas, suspira, e vai embora: - Esse rio aí, é um imenso abismo. Todo dia é a mesma coisa. Do outro lado da margem do mitológico rio:  A vista bucólica de um jardim bem cuidado Casas em seu devido lugar Pessoas em seus devidos lugares É tudo como se fosse um sonho. Ele olha as águas, se vê no fundo distorcido, suspira, pega sua carroça e vai embora - Um dia atravesso o rio. O rio é quase sem fundo e quase sem vida.

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Caminha entre alamedas tortuosas E a abóbada de bosques sigilosos Adentro a mata o encanto avistai Repousa obliterado o grande lago. E largo encontra em límpido repouso Defronta diante em margem distorcido Silêncio com remanso se emaranha Enigma malcontente insuflado. Atira-lhe uma pedra e de onde em onda Emergirá um monstro adormecido Até que venha o próximo remanso Até que a fenda em sangue desvaneça.

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