O bem e o mal existem. Se são entidades ou não, isso é individual. Se há no conceito de preservação da vida algo que não condiz com o universo é a desordem. O universo é o oposto do caos, ele tende à organização, ao equilíbrio, e assim é tudo o que lhe compõe. Nenhuma vida resiste ao desequilíbrio e pertubação, e do ponto de vista da vida, esse é o mal, o que pode destruí-la. O moralismo e a ética sobre esta ideia, talvez isso venha ser motivo de debates, uma vez que o desequilíbrio humano parte do nosso julgamento de valores sobre o mundo à nossa volta.
Almíscara penumbra O ar que pesa em febre As sedas ardem chamas Verte-me a maré da criação. Recebo em exortação As faíscas que te explodem sob a pele Cubram-me, estrelas cadentes. Ergo-te minha aberta taça Largo anseio a coletar Neste cristalino cálice As pérolas de deleite mar. Perfeita ondulação Com um arqueio para trás Transmuto em Eva Rosa aberta das Mil Noites Das mil insaciáveis noites! Sem medida. Deixe que caiam Que cerquem-nos as brumas Banham a alma o noturno orvalho Ouça este canto É a beleza do profano hinário. Neste sonho vivo Altivez de devoção cutânea Rito ao lúgubre exorcismo Governa e acata simultânea. Sorve dominada a benta água Aceita a nativa incumbência A viva e infinita exultação. Quente e pesada Cai a noite Salto na cidade inteira Soltas rubras copas Sem medo Reflexo brilhante das estrelas Embebe o lacre dos segredos. Quente e pesada Em açoite Salta a cidade inteira Um, dois, três, quatro Brindem ao pórtico Abraçados às cortinas Rasguem o m...
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