Por mais que existam idiotas blasés que falam de seu vegetarianismo como parte do status de sua falsa intelectualidade, baseada em livros de bolso da praça da Sé, ser vegetariano não é apenas uma questão de saúde, mas trata-se de um exercício de reflexão que nos faz conhecer uma diferente função do corpo vivo na terra, seja humano ou não, que está muito ligada à espiritualidade e ao respeito consigo mesmo, possibilitando a partir daí nos levar a questionamentos que envolvem até mesmo o nosso falido sistema econômico mundial.
Almíscara penumbra O ar que pesa em febre As sedas ardem chamas Verte-me a maré da criação. Recebo em exortação As faíscas que te explodem sob a pele Cubram-me, estrelas cadentes. Ergo-te minha aberta taça Largo anseio a coletar Neste cristalino cálice As pérolas de deleite mar. Perfeita ondulação Com um arqueio para trás Transmuto em Eva Rosa aberta das Mil Noites Das mil insaciáveis noites! Sem medida. Deixe que caiam Que cerquem-nos as brumas Banham a alma o noturno orvalho Ouça este canto É a beleza do profano hinário. Neste sonho vivo Altivez de devoção cutânea Rito ao lúgubre exorcismo Governa e acata simultânea. Sorve dominada a benta água Aceita a nativa incumbência A viva e infinita exultação. Quente e pesada Cai a noite Salto na cidade inteira Soltas rubras copas Sem medo Reflexo brilhante das estrelas Embebe o lacre dos segredos. Quente e pesada Em açoite Salta a cidade inteira Um, dois, três, quatro Brindem ao pórtico Abraçados às cortinas Rasguem o m...
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