Você nunca será
Disseram
Não fui
Porém sigo sendo
Até enquanto houver ousar
Mas ar enquanto está tendo
Não hei
O que quer que seja
Que não seje
Suje...
Saja voa como voa a asa
E vaza
Ninguém se importa da sua importância
Ou sabe da essência
Como sangue em aberta artéria
Arturia em sua lenda do ser
No molde do teatro moderno
Cumpro meu papel com feitio
De fato em goma e falso estio
Mas que impeça desta breve estilha de vida
Dai-me então o pronto tiro
Enquanto está ditadura morta
Me dá preguiça.
Do Basque até a Sevilha
Cantabria é eterna lenda
Celta afora nesta selva de matilha.
Almíscara penumbra O ar que pesa em febre As sedas ardem chamas Verte-me a maré da criação. Recebo em exortação As faíscas que te explodem sob a pele Cubram-me, estrelas cadentes. Ergo-te minha aberta taça Largo anseio a coletar Neste cristalino cálice As pérolas de deleite mar. Perfeita ondulação Com um arqueio para trás Transmuto em Eva Rosa aberta das Mil Noites Das mil insaciáveis noites! Sem medida. Deixe que caiam Que cerquem-nos as brumas Banham a alma o noturno orvalho Ouça este canto É a beleza do profano hinário. Neste sonho vivo Altivez de devoção cutânea Rito ao lúgubre exorcismo Governa e acata simultânea. Sorve dominada a benta água Aceita a nativa incumbência A viva e infinita exultação. Quente e pesada Cai a noite Salto na cidade inteira Soltas rubras copas Sem medo Reflexo brilhante das estrelas Embebe o lacre dos segredos. Quente e pesada Em açoite Salta a cidade inteira Um, dois, três, quatro Brindem ao pórtico Abraçados às cortinas Rasguem o m...
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