Enquanto teu corpo se decompunha
Eu via essa alma podre como a minha
Éramos como duas vagabundas
Rolando em cima da moral corrupta
Dessa humanidade tão decrépita
Mas meu amor, tua alma com a minha
Convergia nesse vômito necessário
Estávamos a um passo da morte do vigário
E que se danem, não eramos, não seremos
Nunca seria santa
Mas por que a tua confusão tão tardia
Permitiu que a tudo desintegrasse?
Isso não mais parece um poema
Senão um desabafo de amargura
Esteja aqui no último momento
Dessa interminável tortura
E se?
Não ligo
Se aponto para o norte
Na verdade paro em meu umbigo
E assim vou seguindo
Eu via essa alma podre como a minha
Éramos como duas vagabundas
Rolando em cima da moral corrupta
Dessa humanidade tão decrépita
Mas meu amor, tua alma com a minha
Convergia nesse vômito necessário
Estávamos a um passo da morte do vigário
E que se danem, não eramos, não seremos
Nunca seria santa
Mas por que a tua confusão tão tardia
Permitiu que a tudo desintegrasse?
Isso não mais parece um poema
Senão um desabafo de amargura
Esteja aqui no último momento
Dessa interminável tortura
E se?
Não ligo
Se aponto para o norte
Na verdade paro em meu umbigo
E assim vou seguindo
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Versão de 21 de Julho de 2025
Sob tua leitosa pálida alusiva
Pele sob a alva luz da Lua
Éramos como duas vagabundas!
Traduzindo as fissuras com os dedos
Descobrindo entre as pernas moribundas
Antigos segredos ocultados
O estridente gemido ao negro manto.
Tua boca, um cálice profano
O vinho tinto tua escura essência
Convergia tua alma nesse vômito
Do qual sorvia eu como doença
Invocando o célebre gelado aperto.
Amor, éramos só um iluminado espasmo
Um só quente suspiro no ar frígido.
Duas línguas que a alma serpenteia
Entre dentes que os berros incendeia!
Mas por que tua tardia confusão?
Permitiu que tudo isso dissolvesse?
Por que agora esta ególatra tontura
Desfaleceu a doce confissão
Sucumbiu com tua esquálida doçura?
E se?
Não ligo, não me importo
Se aponto para o norte
Na verdade estaciono em meu umbigo
Marcho viva adiante mesmo em morte.
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