Palavras como fios
E teus dedos costurando
Um caloroso manto
Para minha sombria alma.
Palavras, que como pão
Desta tua fome tão antiga
Onde cada sílaba que canta
Vira a ceia da minha calma.
Palavras, como tuas mãos
Que quando escreves meu nome
Eu sinto
O calor do teu gentil enlaço.
Palavras como a brisa
A brisa que a mim veio
No alívio das noites infernais
Na doçura dos teus braços.
E se ousa um dia duvidar
Da força daquilo que escreve
Lembra:
O mundo que é só trevas
A vida que era nada
Tudo começou, até amor
Pela Palavra.
Comentários