Ruídos no meu porão
Desci com minha própria lanterna
Para me cegar com a escuridão
Escrevo com o meu sangue
E recebo o aplauso pela tinta
Cada palma: um prego a mais neste caixão.
A musa me usou como hospedeira
Não sei se estou pronta a sentir
Ou deixar o desespero na moldura
Todo verso que escorre de mim
É uma mentira implorando por cura.
Cada estrofe sai como a morte
Daquilo que escondo sob o chão
Tento ressurgir qual a consorte
De um pecado - sem extrema unção.
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