Toda aurora traz os passos
Até a porta da casa
A borda, o lar, a fronteira
E outrora, o olhar escandaliza
O toque, pouso de condor
Perfura e mira o reflexo
Na linha espelhada da lagoa.
O lar do abissal desconhecido.
Resta ali
Abraçados em si:
O pavor
E a criança
A faixa luminária
Cobre lentamente o sono do mundo
E embala o crepúsculo das almas
É a mãe que puxa a manta
Para o exausto filho sonhador.
É a última noite, meu amor.
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