I.Moderato Tarde de Sol escaldante no bairro Um casal se prostra à beira da porta O Gato se entrelaça aos pés da moça O cão do moço, dorme, escondido e envelhecido, Quase morto atrás da porta. Estendem-se muros velhos, Onde as crianças brincam de esconder; Ninguém sabe onde se encontra ninguém. Estendem-se trepadeiras secas e cadavéricas, Onde deveriam estar ramalhetes. As donzelas já não são mais donzelas E o amor põe-se a chorar no coração dos moços Dando lugar a notícia. Os sinos das Igrejas tocam descompassados Só vejo agora, anjos feitos de papel, flores de plástico DEUS À BEIRA DO PENHASCO E o nosso desejo acima de qualquer suspeita. II. Allegro non troppo No meio do terreno baldio, De onde se ouvia o prelúdio urbano Havia um homem comendo micróbios. De trás da sucata, Um menino o comia com os olhos. No meio da avenida um amor perdido De onde se ouvia o prelúdio urbano. Um coração dilacerado e sangue pra todo lado Ai, e aquelas e...
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.