Sim, encontrei a porta de saída querida. Você não me tem mais. Minha mão pesa sobre a maçaneta, e agora vale muito a pena girá-la e abri-la. Que ao menos você tenha aprendido uma lição. Que ao menos você, mesmo que não assuma em público, assuma pra si mesma que estava errada. Isso já serve pra satisfazer o meu ego. Isso não é uma crônica, é uma mensagem. Mensagem de despedida? Não sei ainda. Minha mão pesa sobre a maçaneta da porta, mas não sei se ainda quero girá-la. Eu vejo você na cama, completamente despida de vestimentas e de pudor. Poderia ter sido só a roupa? A porta bem diante de mim, e levei tanto tempo pra sair. Eu era corpo e alma. Mas você, só corpo. Poderia ter sido isso? Em um breve momento eu acreditei que não. Acreditei que sua alma tentava conversar com a minha. E tentávamos nos entender. Hoje dói dizer o quanto te amo. E dói dizer o quanto quero te esquecer. Consegue sentir isso? Não é um riso de deboche, é um riso patético de raiva. Mesmo depois de tudo, eu ainda ...