E tenho dito Palavras demais que enclausuram o ser Onde as coisas não deixam de ser as coisas Onde as coisas passam a ser uma coisa só Que eu desaprenda a falar Desaprenda o sentido das coisas Desaprenda a utilidade das coisas E me padeça no glamour da inutilidade O coração vende quando dá Não quero Quero mendigar, distribuir sem pudor Aquela coisa não programada Abaixo à recompensa! É anti natural, é insanidade Mas é assim mesmo Antes de tudo, é uma escolha Por que então dizer quando basta? O cheiro do café pronto O cheiro de vapor e sabonete do banho quente A cama ainda quente O sofá ainda quente O corpo quente Um olhar só porque você me viu Aquele olhar que diz: que bom que está aqui E estou em qualquer lugar Não num lugar especial, eu sei Todos os lugares viram especiais Percebemos a validade das coisas Desaprendemos a validade das coisas Ignoramos a validade das coisas Aquele andar pela casa, que salta o coração E você só estava indo pra cozinh...
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