Prenda tua respiração Enquanto vejo lentamente Seu alvo e belo corpo Afundando levemente Eu soube assim que vi Olhei pelo fundo do lago À Ipomoea alba caça Mas era você ali. O pêndulo no coração Era você que o ar puxava O pulso leve se agita O repouso peito arquejava Prenda tua respiração Enquanto tua própria imagem Encara, estoica na ferida Que causou-me nesta margem À margem em vão te esperei Uma fresta de porta aberta De braço e peito amplo O choro em vão desperdicei O medo, pois, foi ele sim A ganância fútil fantasia A sedução da imagem própria Narcisa ególatra e vazia Prenda sua respiração Enquanto o verme te corrói Amor, quão diga a mente tola É um vivo sacrifício, que dói. E aquilo que em meu peito arde Muito a entrega vale a pena Todo o mais é morredoiro É o refúgio do covarde. Quem sabe do quão sério A vida o preço alto cobra Não é ideia senão escolha Quem pela dor não se desdobra. Prenda sua respiração Vista a cobertura farsa Que a boa-fé sempre desvela O que o intento não di...
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