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Mostrando postagens de setembro, 2025

Partem os convivas, mas Eu Te Amo

Penetrem convivas, os amplos salões Contemplem, com "ahs" e "ohs" Num brio de coros libidinosos O mármore de Afrodite e Baco Os lautos chamados suntuosos. Bebam Comam Fodam! Desçam com as estacas Em visco escorregadio Engasguem, salivem O assoalho em verniz. Num indecente sóbrio manto Em uníssona voz e contraponto  A ápice volúpia, nosso canto. Durmam E depois do riso Da bebida Da partida do gozo Sumam daqui! Saiam todos! Larguem as taças  E a restinga da algazarra! Deixa que eu recolho Como sempre só o fiz Os cacos de vidro pelo chão. Entre o sangue da dor E do abandono Uma jóia quente e macia. Cai em mim a sua mão. Vai então, minha clara confissão: Eu te amo até o fim dos meus dias Eu te amo até quando puder respirar Esse ar fétido que nos cerca Eu te amo até que fique em carne viva Da vida que me trouxe de volta Eu te amo, coelhinho, oceano. Repousa aqui tua mão e não solta.