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Zôom Lógon Echón

Uma traição aos meus próprios saberes E a minha própria concepção de ir além Joga-me de volta quando estamos Refletidamente invisíveis no meio do caos O universo me agradece Mas dentre tantas coisas consideradas importantes Eu fui surgir também Cabe a ele sua decisão De dentro pra fora O fantástico miserável cérebro De dentro pra fora As cores e formas impositivas nos limitam No de limite e dizem não: Árvores, somente verdes Águas, somente cristalinas Tudo em três dados de dimensão Cumprimento Largura Profundidade Tudo em outro lado de dimensão Cumprimento Largura e Razão Profundidade obscurecida Na profundidade ilusão Conectar ao que Largue lá o sentido purista das preposições Sem saber como texto reto Que sarcasmo e ironia é um defeito da visão Era incrível aquele tempo em que falávamos Tudo o que pouco pensávamos Hoje penso mais coisas sobre meu prato de sopa Do que sobre a sobra dos meus pensamentos antrhopos míchaní gynaíka míchaní apò mechan

A sua Rosa

Que seja banal a sua moda E que seus ciclos jamais estejam sincronizados Apedrejem-nas por não serem tão homens quanto nós Racionalmente propositais em fazer-se analíticas (Na esperança de lhas deem à escola ou à rua o seu nome) Que tenhamos medo de admitir que diante da força dos pulsos   [desfalece o braço E que sempre detiveram sobre nós o poder   [que detemos sobre os outros Que na mais turbulenta ocasião iluminam   [e enudecem todas as nossas ilusões Podemos nos enganar sobre isto também Mas que nunca permaneça obstáculo Entre uma mulher e o seu direito de receber uma rosa Natureza não se converte, maquia-se; Porém se esta data... Acontecerá de tudo ficar decrépito Morto, sem graça Levantar da cama pra quê? Já nos roubaram a infância tão cedo... Tudo que conheceremos envelhecerá, Antes da hora. Mas dê aquela frágil criatura implacável a sua rosa...

O Dever (?)

Não direi uma palavra Nem uma só palavra sobre palavra Enquanto olho não significa Porque a poesia não deve dever O artista não deve dever O homem não deveria dever o dever Assim prossegue o homem sem traves nos olhos Vê-se o mar Vê-lhe há mar Vê-se a arte Vê-lhe o apartar-te Do quanto se faz parte E enquanto a mar e arte Para tantos o que há Marte. Cabeças assim não se prescrevem Porque elas teimam em ser menores (Observando é claro que se menor for lido menor    [o olhar está cheio de traves e os pés de correntes    [e a cabeça está cheia de vento    [onde mora um pequeno duende que ri de tudo o que fazemos) Para toda sombra existe uma luz Para toda terra existe uma semente E para toda arte existe uma parte que diz: Arte para Libertar-te? Ou arte para Militar-te? Arte para obrigar-te a dever a sua parte? O duende em minha cabeça me diz: Libertas quae facere arte!

Jesus não foi à Tenochtitlan!

Existe uma tendência recente que prega a ideia de se desprender da ilusão mundana e conectar-se à realidade, que acaba sendo ofuscada pelo excesso de informação, de marketing, o excesso de comercialização de produtos de necessidade duvidosa, ou também pela nossa visão de uma educação humana voltada unicamente para a produção, trabalho e consumo. Desvencilhar-se das ilusões (o que custou a Nietzsche a sua saúde e solidão) de certa forma traz um conforto e consola o espírito inquieto dos que não concordam com o meio social. Esta manhã estive caminhando no mercado e me assustei com o fato de já termos estandes dispondo as inúmeras variedades de ovos de chocolate para os feriados da Páscoa que virão em Abril. Se Jesus não conheceu os Mexicatls, ou Astecas, inventores do chocolate, então por isso, pra que diabos Ovos de Páscoa de Chocolate?. Nem gostaria de falar sobre a questão dos preços, mas é impossível não se deixar provocar e sentir repulsa do descaramento do comércio em cobrar R

Bem e Mal

O bem e o mal existem. Se são entidades ou não, isso é individual. Se há no conceito de preservação da vida algo que não condiz com o universo é a desordem. O universo é o oposto do caos, ele tende à organização, ao equilíbrio, e assim é tudo o que lhe compõe. Nenhuma vida resiste ao desequilíbrio e pertubação, e do ponto de vista da vida, esse é o mal, o que pode destruí-la. O moralismo e a ética sobre esta ideia, talvez isso venha ser motivo de debates, uma vez que o desequilíbrio humano parte do nosso julgamento de valores sobre o mundo à nossa volta.

Não ignore, transforme!

No mundo humano sempre existiram pessoas curiosas e com um impulso a compartilhar as suas curiosidades com os demais. Egocentrismo, preocupação com o futuro, auto-afirmação, amor ao próximo, chame do que quiser, mas estas pessoas existem. Antigamente (e eu falo de antigamente mesmo) imagino que se um homem não se dava com outro haveria duas opções: fugir dele para outro lugar ou matá-lo. Hoje em dia o planeta anda cheio, repleto de seres humanos, repleto de direitos humanos e repleto de regras morais e éticas chocando-se por aí tanto quanto há de estrelas explodindo no universo. O maior desafio da atualidade é coexistir e conviver. Discordar tornou-se algo tão leviano e trivial que perdemos a chance de aprender a melhor das capacidades humanas na aquisição do conhecimento de vida: absorver, extrair, abstrair, transformar e eliminar, para começar tudo de novo. Alguns param simplesmente no extrair da coisa, e se impacientam, esperam que a eliminação venha de fora, não de den

Elevador

Num edifício de 70 andares O vinho traz a embriaguez mais plena O entre as pernas da moça tem mais sabor O ar é mais puro A água tem gosto E o feijão não queima na panela Quando o elevador atinge O 71

A Soja

Na plantação de soja cosmopolitana O agricultor das doze e cinquenta Plantou duzentas mudas Mas quando na colheita Não nasceram quando deviam brotar O mundo se acabou E o agricultor foi mais feliz.