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Gordofobia é a acusação do frágil infantil

A luta por direitos e contra preconceitos transformou as pessoas em uma sociedade frágil, cega, infantil e manipulada.  A sociedade humana é parte do processo evolutivo da natureza, e não indissociável dela, e como espécie parte do ecossistema (embora haja um esforço muito grande de muita gente para pensar que não), nossa tarefa biológica é tentar nos adaptar. Mas como seres sociáveis, nossa adaptação não é meramente de habitat, mas também de coexistência. Firmamos como grupo um ideal de cultura, e partir desse, moldamos os nossos herdeiros para o futuro. Porém, o idealismo cultural nos leva ao embate, ora inevitável, cuja razão está pautada unicamente no estereótipo. Essa seria uma explicação mais juvenil para o preconceito. Entretanto, há formas de preconceito que eu não consigo encarar como tal. Basta você colocar "fobia" em qualquer coisa e pronto, você tem uma nova forma de criminalizar o comportamento humano. Uma das coisas mais patéticas que eu posso encontrar é a gord

Holding Up Meadow

Como guerreiros a vencer muralhas Ousou chamar de ser como o molde da cebola Como lanceiros a vencer portões Rol de alpes  a morte. Subimos na barca da vida Empreiteiro de castelos E depois, o recorte no paraíso Ruído na vista horizontal Um pôr do sol não tão distante E não tão tardio Mais cedo, mais pio. Dentro do leão Na casca do pão Mais forte na terra Mais leve na mão. Só que adiante  Às vezes pode não ser mais O castelo que me dou . Às vezes da nossa vontade A vida é um pouco prado Às vezes é deserto O pôr do sol é cedo É sempre mais aberto. No deserto O guerreiro não tem nome É cavalo esperto, ou cavaleiro.

As Angústias de uma Inteligência Artificial

Esse cara é impossível de agradar! - disse Jonas 3. - Ok, lá vai: Aqui vão algumas sugestões de academia: Sport Fit, Smart Fit, Fitting Academy, Fit for Real... o que? Locais com baixa violência? Natural Springs, Canada. Sprawl 17, EUA, Yamaha Hills 3, Japão; Rio 3, Brasil. Rio 7, Brasil...  Ah, melhores comidas para a saúde? Ovos, são ricos em ácido fólico, proteína, zinco, ferro, manganês e potássio e contém apenas 5 gramas de gordura saturada. Alho tem um misto de vitaminas A, B, C e mineiras como ferro, iodo, zinco e cromo, além de compostos ativos como alcina, por exemplo. Maçã, além de saborosa é uma fruta rica em fibras e ajuda a regular o intestino, garantindo menos estresse no canal do reto. Ajuda a proteger o coração de doenças e limpar as artérias de... maiores atletas da história? Top 10 músicas da última década? Top 15 ditados mais populares e usados na internet... 20 maiores pintores do modernismo do Século XX. 20 maiores pintores do pós modernismo do século XXI e do redu

Time

Time is a gift given and never returned Time is a curse stolen and never recurred I give you with my heart beats What I don't claim back. The time that your company feels in me And I greatly lack.

Eu Odeio a Bíblia

Não gosto da Bíblia. Começo o texto com a conclusão mesmo, pois bem, é o meu texto. Agora explico o porquê, afinal é, este, daqueles temas que precisam se dar a explicação dos seus motivos ulteriores. Quis começar também assim, pomposo, com falas difíceis, mas eu vou deixar aqui o meu dicionário de vocábulos aristocráticos no chão e seguir falando como sempre falo mesmo. Acredito que os que devem explicação aos outros são aqueles cujas ações refletem alguma influência sobre outra pessoa ou grupo. A estes precisamos sim dar uma explicação do porque fazemos o que fazemos. Mas quanto à Bìblia, religão, Deus, a estas coisas, eu sofro de um profundo incômodo de me explicar, afinal, pensando de uma forma muito, mas muito prática, não faz diferença alguma minha justificativa da descrença. Crendo eu ou não se a Bíblia é um livro sagrado ou apenas um compilado mau gasto de papel de jornal e versos mal elaborados, o mundo continuará a seguir. Era o que eu gostaria de acreditar, se as pessoas con

Meu Tio Mestinho

Uma lembrança carinhosa me aqueceu o coração esta manhã. Eu me lembrei do meu tio José Augusto Costa, o Tio Mestrinho. A gente chama ele carinhosamente de Mestrinho, ou Mestinho, porque ele aprendeu o ofício de sapateiro quando era criança, acho que com o meu avô, o Vô Costinha. Meu tio cresceu e viveu de sapatos, e durante um tempo veio morar aqui em casa. Eu queria ornar com lembranças inocentes de criança, mas eu acho que absorvi demais do sentimento de incômodo dos meus pais, e por muito tempo isso me envenenou, por muito tempo eu vivi uma mágoa. Acho que hoje isso finalmente dissipou, afinal, eu era criança, todos nós éramos crianças. Os problemas que aconteceram entre meus pais e ele, eram coisas de adultos, e sinceramente, até hoje eu não sei o que foi. Acho que não importa. Lembro que meu tio às vezes deixava o cabelo crescer, e ele tinha uma cabeleira encaracolada que deixava o rosto dele bem charmoso. Lembro também que ele tinha um furo no queixo, aquilo era curioso pra mim.

Humildade: arma de colonização mental

Quando temos a oportunidade de ter contato com alguma figura pública que admiramos, seja ele um artista, um intelectual, um esportista, criamos uma expectativa quanto às atitudes da figura. É muito comum pessoas se declararem repudiadas por artistas que não tem humildade. Eu me lembro de um artigo no  Whiplash  ( link ), aliás, um site de jornalismo musical muito fraco, em que o escritor Adriano Ribeiro, um fã inveterado de Iron Maiden, se mostra indignado com o comportamento do baterista dos Beatles que fazia uma série de shows no Brasil, em 2011. A manchete era bastante apelativa, como quase tudo no Whiplash. Dizia "Beatles: baterista ignora fãs em São Paulo". A queixa do Adriano era pelo fato de Ringo Starr não ter parado para dar atenção aos fãs que faziam campana na frente do hotel em que ele estava hospedado. Ele cria uma narrativa de um fã de 17 anos sonhador que espera ver o seu ídolo, mas tem sua expectativa destruída pela atitude do baterista. E também na reportagem

Este mundo está doendo

Estou com uma angústia entalada em mim, o dia inteiro. É um acúmulo de emoções, um choro que não sai. Um choro de desespero, dor, sofrimento e empatia. O contexto é o seguinte: estamos vivendo no meio de uma pandemia de um vírus derivado da Síndrome Respiratória Aguda Grave, o SARS Covid-19. Esse vírus, primeiro, pelo menos do pouco que sei, se espalhou na China, em 2002, e acabou resultando em uma pandemia entre os países do norte. Porém, o Covid-19 tomou proporções absurdas. O nível de contágio desse novo vírus é muito maior, ele se espalha com muito mais velocidade, e por essa razão, a solução para a contenção do vírus foram decretos de quarentena vindas de quase todos os governos mundiais, ressaltado quase que de hora em hora pela Organização Mundial de Saúde. O problema todo é que neste ano de 2020 o nosso presidente é o Jair Messias Bolsonaro, eleito com pouco mais de 30% dos votos em 2018. Junto com ele ganharam protagonismo também algumas figuras, começando com os seus filhos,

Gênesis

Meu Pai, Meu Divino Pai Tua autoridade Cuja retumbante voz No eco do meu coração Impera Erigiu em mim Nesta oca urna De pó e água Me falha Teu servo Confuso, quem, sou Parte em carne e sangue E etéreo ar da vida Teu ermo Rouba  o que a Ti pertence Só não a tira A vida Ela é Tua Ela é Minha Ela é de Quem Quiser Na subserviência Uma fenda aberta Não quebra a urna porosa Rachada pelo vil portento Diga-me o Que quer Deixai-Me só Sob Teu eterno alento. Meu Pai, Meu Divino Pai Entro em Tua Barca Carregado Até a Montanha Ermitão dos Gafanhotos Falando em Muitas Línguas Braços de Urso e de Mel Nas Cidade Luxuosas Tempestade de Fogo no Céu Tua vontade em mim Me dói Em Tua promessa Paciente aguardo Confio Meu Pai, meu Querido Pai. Estive Lá Estou Lá Estarei Lá Estarei sempre Aqui. Falo em Uma Língua Talvez A Mim Não Entenda Olhai para Mim Teu Povo meu Pai! Preencha de Pó Mas dai-Me a Água Em minha boca

Fala Certa

Quando viu um escolástico Que um homem camponês De corpo firme de elástico Que nunca havia visto antes Estava falando assim meio enfezado Deixando o cidadão matutado - Dos três quilos de tomates que colhi Sobraram-me apenas quinhentos gramas - disse o homem mal habituado. Deveras espantado, o acadêmico o julgou errado: - Pois não é assim a sua fala E nem tão certa da sua natureza. Fale errado que assim Se preserva a sua beleza Sua fala não se segue na escola não E sem a sua fala errada, não teremos motivo de argüição. O homem pouco atento percebeu Que ia sendo criticado. Não ficou triste nem feliz, - Ficou mudo - E ao homem de pompas lhe atirou Um olhar ignorado.