Vesti meu guarda roupas De roupas já usadas sem pressa Lavei as roupas novas Sob as águas de incerta promessa Cobertas no varal Caiu em mim a luz Nem tudo é vendaval Tudo, ainda que não rime, é passagem Atenda, ainda que doa, ao pedido Só dá, amigo, um pouco de coragem. Segue além as barcas que subimos Param nos portos Encalham no mar Ou afundam no abismo Mas não, Não afogue-se em melífluas tristezas Caem as pétalas de flor Sobram os espinhos Florindo ainda com belezas. Veja, eu tenho a certeza Agora sim, agora o remo pesa Mas não é uma penitência Não é castigo. É só caminho da nossa natureza.
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.